Eu ouso dizer
que o paulistano pode até trabalhar pensando no fim de semana, mas ele sonha
mesmo é com um belo feriadão, ocasião em que colocará a família inteira dentro
do carro e partirá em busca de diversão e relaxamento no litoral ou na
montanha. Toda essa migração para o interior acaba sendo legal para quem decide
ficar pela capital, podendo curtir a cidade sem enfrentar trânsito e encontrar
shoppings e restaurantes abarrotados.
Entretanto, ainda
que fosse feriado e eu planejasse chegar cedo ao JAM, preferi fazer uma
reserva, pois, como odeio ficar esperando por uma mesa, prefiro me garantir através
de uma simples ligação.
O JAM é um
restaurante bonito, com tijolos aparentes, madeira e iluminação à luz de velas
compondo a ambientação. A música se faz presente a todo momento. Quando chegamos,
ecoava pelas caixas de som. Depois, uma banda começou a tocar ao vivo uma
música agradável e com uma altura que não atrapalhava a conversa dos comensais.
Para mim, o
único fator parcialmente negativo foi o humano. Quando cheguei e fui me sentar, senti uma coisa
solta na cadeira. Por um momento, achei que fosse o estofado. Mas, pasmem, era
uma bandeja largada por lá. E eu me perguntei o que uma bandeja estava fazendo
ali. Obviamente foi esquecida na hora da arrumação do salão, o que me fez
refletir: não seria mais lógico deixá-la em cima da mesa ou simplesmente
recolhê-la antes de começar os preparativos? Enfim... meu marido a pegou e
colocou na mesa ao lado, que estava vazia.
Com relação aos garçons, não serei injusta e não
irei generalizar, pois há sim garçons atenciosos e educados. Todavia, há outros
(ou seria apenas um?) bem folgados! Como queríamos pedir as entradinhas e ninguém
estava por perto, meu amigo levantou a mão com a clara intenção de chamar a atenção
de algum dos garçons. Um deles, no fundo, que conversava com outro que parecia
registrar um pedido no computador, fingia que não enxergava o braço inteiro do
meu amigo que estava levantado. No fim, ironicamente, deu até um tchauzinho para
gente, até que o nosso garçom percebeu e veio nos atender. Isso foi um ponto
bem negativo para o estabelecimento. Eu sei que os garçons têm mesas
determinadas para atender, mas o restaurante estava vazio e o “ousado”,
contratado para servir aos clientes, não estava fazendo nada, ou melhor, estava
conversando com outro colega, e não podia vir nos atender ou, ao menos, avisar
ao garçom responsável pela nossa mesa??? Lamentável! Odeio gente preguiçosa! Que
só “sabe” fazer o que mandam ao pé da letra! Do tipo... “isso não é minha obrigação”!
Que não tem iniciativa e disposição para o trabalho! Afff...
Mas a comida, F-A-N-T-Á-S-T-I-C-A, supera todo o
inconveniente parcial do atendimento.
Na carta de bebidas, além das clássicas
saquerinha, caipivodka e caipirinha, há os “Signature Drinks”. Eu escolhi o “Frozen
JAM”, com frutas cítricas e vermelhas, Curaçau Red e Smirnoff Red. Mistura refrescante
e sem gosto de álcool, mas que poderia ter um pouquinho mais de açúcar e menos
caroços e sementes das frutas vermelhas.
Embora não trabalhem com sistema de rodízio, o
cardápio oferece opções para todos os gostos. As opções de entradas são
intermináveis: missoshiro (sopa oriental de soja com tofu), harumaki de legumes
(rolinhos primavera), shimeji e shitake grelhados na chapa com manteiga,
espetinhos grelhados sobre pedra vulcânica de legumes, shitake, peixe, salmão,
frango, carne ou camarão, camarão empanado e outros.
Nós provamos o “Ebi e Shake” (trouxinhas
recheadas com salmão e camarão), com massa crocante e sequinha, e a saladinha de
pepino conhecida como Sunomono, agridoce e salpicada com gergelim.
Para o prato principal, oferecem uma variedade
incrível de sushis, sashimis e pratos quentes. Ficamos na dúvida entre 3
combinados:
(1) Combinado JAM
Tradicional, para 4 pessoas, com 25 sashimis, 24 sushis, 8 uramakis, 4 tekka, 4
shake, 4 kappa, 4 gunka e 4 ovas (R$ 217,00).
(2) Combinado Yo-Nin
Especial, para 4 pessoas, composto por 25 sashimis e 48 sushis (12 sushis
diferentes – 1 para cada pessoa) – R$ 239,00;
(3) Combinado Yo-Nin
Iguaria, para 4 pessoas, com por 25 sashimis e 48 sushis (R$ 353,00).
Acreditando que o tradicional seria mais
parecido com os fornecidos por restaurantes que servem rodízio, decidimos pedir
uma das duas últimas seleções. Restava só esclarecer com o garçom o que vinha
em cada uma. No combinado Yo-Nin Iguaria, as peças de sushis são mais exóticas,
com ovas, polvo, camarão e vieira. No combinado Yo-Nin Especial, poderíamos escolher
entre salmão, peixe branco e atum. Ficamos com este. Trouxeram sashimis dos
peixes acima mencionados e todos os 48 sushis de salmão. Peixes frescos e combinações
funcionais e atraentes.
Para finalizar, as sobremesas não inovam: sushis
doces, frutas da estação, banana flambada, tempurá de sorvete, petit gateau e
creme de papaia. Escolhi o merengue de morango com renda de chocolate e calda
de frutas vermelhas. A calda tinha um sabor suave e o chocolate ficou
interessante na composição, mas não havia suspiro crocante, o que me
decepcionou um pouco.
Analisando friamente, acaba saindo um pouco mais
caro do que um bom festival, mas, ainda que se coma menos, o que eu acho bom,
pois não saímos com a sensação de que nossa barriga está prestes a explodir a
qualquer momento, vale super a pena, pois os sushis são grandes, com peixes
frescos e saborosos, preparados com técnica e muito sabor. Comida mais que aprovada!
Repetirei e recomendo!
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