Foi no
episódio do reality show MasterChef Brasil, exibido em 07 de outubro de 2014,
que "fui apresentada" ao Chef Salvatore Loi. Na ocasião, anunciado
como um cozinheiro de renome, o italiano ensinou aos participantes da primeira
edição a prepararem "Baulettis recheados com ricota, raspas de laranja e
manteiga de especiarias". E eu, profunda apreciadora da culinária
italiana, logo fiquei interessada em provar as suas criações.
Acontece
que nem sempre os nossos desejos se realizam como num passe de mágica e por
milhares de motivos, dentre os quais, a saída do Chef do "Loi
Ristorantino", a minha imersão na gastronomia por ele praticada foi adiada
por dois anos.
No
entanto, o que pode soar como uma tortuosa espera, acabou se revelando um golpe
de sorte e eu explico o porquê. Em entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo, falando sobre o seu atual estabelecimento, assim se manifestou o Chef:
"No Fasano eu estava na clausura. No Loi Ristorantino, era uma
'semi-clausura'. Aqui, tenho liberdade". Logo, a conclusão não poderia ser
outra: agora, livre para criar, o cozinheiro revela a verdadeira essência da
sua arte. E foi esta que eu fui conhecer! Uma culinária desprendida de amarras
e regras, que confere à comida italiana alma, requinte e muito sabor.
O salão
do restaurante é clean, mas sofisticado, com a cozinha aberta ao fundo,
possibilitando ao comensal acompanhar o trabalho do Chef.
A
gentileza do atendimento já pôde ser sentida quando liguei para fazer a reserva
e fui atendida pela simpática funcionária de nome Giuliana. Em que pese a cordialidade
e educação de todos os garçons, o destaque foi o maître responsável pela nossa
mesa, o Sr. Figueiredo, polido, alegre, ágil e esbanjando conhecimento sobre o
cardápio. Tirou todas as nossas dúvidas, auxiliou na escolha dos pratos e
sugeriu a entradinha. Um primor de profissional!
Nós
iniciamos a comilança com o couvert, composto por ciabatta, patê de queijo de
cabra com compota de tomate e manteiga temperada com especiarias. A ciabatta
tinha castanha do Pará na massa e era levemente crocante por fora e bem macia
no interior. Uma delícia! Se não me falassem que o patê era de queijo de cabra,
eu não adivinharia, pois o sabor marcante do laticínio foi quase que anulado
pelo modo de preparo. A compota de tomate, que achávamos que fosse de goiabada,
para o meu paladar, estava doce ao extremo, o que serviu para camuflar ainda
mais o sabor do queijo. Na manteiga, foram salpicadas cebolete, flor de sal e
pimenta, o que deu um toque especial.
O mimo
do Chef foi um “Timballo” servido com pasta de berinjela e farofa de pistache.
Para quem não conhece, Timballo é um prato italiano montado como se fosse um
bolo de macarrão. Eu não curti muito, parecia um monte de bucatini (massa
mais grossa do que o spaghetti) grudado e ressecado.
De
entrada, o maître sugeriu a "Polenta Taragna con Salame Fresco"
(polenta rústica, queijo taleggio, ervas e salame fresco) e nos informou que 3
porções eram suficientes para o nosso grupo de 7 pessoas (R$ 58,00 a porção).
Eu amo
lasanha! Mas é uma comida que dificilmente eu peço quando saio para comer. Não
sei dizer o porquê! Talvez seja por parecer um prato fácil de fazer ou comum de
ser servido em reuniões familiares. Enfim... No Restaurante Salvatore Loi,
resolvi dar-lhe uma chance e escolhi a "Lasagna al Tartufo Nero"
(lasanha com ragú de vitela, trufas pretas e fonduta de grana padano) - R$
85,00.
Sabe
aquela lasanha suculenta preparada pela sua avó (ou pela sua mãe) com carne
moída, presunto, queijo, molho branco e muitooooo molho de tomate? A criação de
Salvatore Loi não lembra nada disso!
Montada
numa assadeira, a massa recheada sai do forno direto para uma câmara fria, com
30ºC negativos, onde leva um choque térmico e endurece, permitindo que o Chef
consiga cortar finas e longas camadas, que, depois de serem douradas na panela,
repousam no prato do comensal, entre os molhos de vitela e grana padano. Se a
apresentação lembra o símbolo Yin Yang, a semelhança não para por aí, pois uma
característica marcante do prato é o equilíbrio entre os molhos e a massa.
Apesar de assada sem molho, a lasanha é molhadinha e macia. Uma iguaria única,
que dança uma bela valsa na boca de quem a aprecia. Sem dúvidas, foi um dos
melhores pratos que já comi na vida.
A
escolha do meu marido recaiu sobre a "Fregula con Frutti di Mare"
(massa fresca de sêmola sem ovos com lula, camarão, vieiras e presunto de
Parma) - R$ 85,00. Achei uma combinação muito interessante, leve e saborosa.
Embora tenha sido servida quente, exalava um frescor incrível. Ao final, o
Daniel exclamou: "Fazia tempo que eu não ia a um restaurante e degustava
um prato tão bom, que me deixasse com vontade de voltar para comer exatamente a
mesma coisa".
Se
muitas eram as opções de entrada e de prato principal, com a sobremesa não era
diferente. Cada uma com uma descrição mais apetitosa que a outra. Depois de
muitas divagações, decidi que a bola da vez seria a "Torta Calda al
Limoncello e Gelatina di Lampone" (torta quente recheada com limoncello e
gelatina de framboesa) - R$ 37,00. A torta é bem semelhante a um petit gateau,
com muita calda de limoncello no interior. Crack crack por fora e bem líquida
por dentro. Uma maravilha!
No
Salvatore Loi, os clássicos ganham vida nas mãos do criativo Chef, que
reescreve a culinária italiana, imprimindo beleza, suavidade e sofisticação.
Não é uma cantina tradicional, é um restaurante de Alta Gastronomia, que
surpreende e encanta os comensais. Você não sairá com a gola da camisa suja de
molho de tomate, mas, ainda assim, irá embora transbordando felicidade.
INFORMAÇÕES:
Rua
Joaquim Antunes, 102 - São Paulo – SP
(11)
3062 – 1160
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