Quando vamos encontrar com
pessoas queridas, que não vemos há um certo tempo, o normal é querermos que
este encontro se prolongue. Por isso, combinei com minhas amigas maceioenses
(pelo visto, Maceió já invadiu São Paulo!), Cacau e Vivi, de irmos a um
barzinho na Vila Madalena. Assim, conseguiríamos petiscar, bebericar e,
principalmente, colocar o papo em dia. O escolhido foi o Astor Bar, que, como
afirmou o meu maridinho, tem um ar de boteco retrô.
As colunas, no meio da salão,
são revestidas de azulejos, provavelmente conservados da construção original.
Centralizados nestas colunas, encontramos espelhos, onde estão impressos os
nomes de algumas das guloseimas ofertadas no cardápio da casa. Nos quatro
cantos superiores de cada coluna, estão fixadas lâmpadas compridas
fluorescentes amarelas, que eu achei meio breguinhas e destoantes do resto da
decoração. Nas paredes, quadros e pôsteres variados, uns bem coloridos e outros
em preto e branco, compondo a ambientação do bar, que parece querer conservar
um ar nostálgico.
Quando eu e o Daniel chegamos,
o estabelecimento estava com poucas mesas ocupadas. Pedimos uma porção de
pastéis, uma cerveja leffe e um drink batizado de "Ginger Lemonade", que
rapidamente foram trazidos pelo garçom. A agilidade no atendimento chamou a
nossa atenção e, mesmo com o salão cheio, a qualidade do serviço se manteve
constante. Nota 10 para a equipe inteira (garçons e pessoal da cozinha e do
bar), que demonstrou trabalhar em perfeita harmonia.
A minha "limonada" (R$ 24,00), uma mistura de gim, suco de limão siciliano, espumante e xarope de gengibre, era
grande e bastante refrescante. Mas, eu dou um conselho, só peça se gostar muito de
gengibre, pois esse é o sabor prevalece.
Na porção que pedimos de
entrada, 6 unidades de pasteizinhos com os seguintes recheios: queijo (em
abundância!), carne (com um tempero bem suave) e camarão (um creme bem gostoso,
que me surpreendeu, pois, apesar de ter uma quedinha por este crustáceo, não o curto muito no
recheio de pastéis ou tortas).
Quando olhei o menu, quis pedir as
trouxinhas de rosbife e gorgonzola de aperitivo, mas o Daniel preferiu os
pasteizinhos e, como pastéis fresquinhos, sequinhos e quentinhos são meu
petisquinho de bar/boteco preferido, o voto do meu marido prevaleceu.
Todavia, como a Cacau pediu uma porção, pude provar a iguaria, que, no
final, não me agradou tanto. Eu achei que seria uma massa frita, no formato de
trouxinha, com recheio de rosbife e gorgonzola; mas era o rosbife recheado com
muito (muitooo) gorgonzola, o que deixou o sabor bem forte. Na minha opinião,
poderia ter nozes na pasta ou, então, menos recheio. Outro agravante: a
trouxinha era grande e ficamos sem saber como comer (deveríamos enfiar toda na
boca ou morder?). Enfim, é um tira-gosto que nunca mais pedirei. Mas... para
não parecer injusta, vou ressaltar que estava com um aspecto bem apresentável,
num prato montado com azeitonas pretas, rodelas de cebola e tomate, e
finalizado com vinagre balsâmico e cebolinha picada.
Na segunda rodada de
entradinhas, quando todos já tinham chegado, optei por um caldinho de feijão,
que foi servido com os acompanhamentos à parte. Em mini bowls, trouxeram
cebolinhas picadas e carne seca. Ao invés de carne seca, que, para nós
nordestinos, se chama charque (by the way... apesar de nordestina, não sou fã!
Prefiro carne de sol!), poderiam ter trazido bacon bits, que combinaria melhor
com o caldinho. Este, por sua vez, estava meio ralo. Para mim, tem que ser caldinho
só no nome, porque a consistência tem que ser espessa como a de um creme.
A essa altura, por incrível
que pareça (já que não bebo muito!), o meu gigante drink já tinha acabado e
acabei optando por um Apple Martini (vodca, licor de maçã verde e purê de maçã
verde). É isso mesmo, dessa vez eu não quis uma coca zero! Afinal, um dos
motivos de quer ir ao Astor foi a sua oferta de coquetéis. Meu Martini estava
com um delicioso sabor de maçã verde, gostinho que remete à minha infância.
Apesar de enxuto, o cardápio
apresenta boas opções de sanduíches e carnes.
Depois de tantos petisquinhos,
convenci o Daniel a dividir comigo o Filé ao Rio Antigo, prato composto de
medalhão de file acebolado, acompanhado de arroz, farofa de ovo (hummm!) e feijão preto.
A cebola estava salgada, mas, ainda assim, eu digo que a nossa escolha foi
simples, mas deliciosa.
Da próxima vez, quero conhecer
o Sub-Astor, que fica no subsolo e tem uma invejável carta de coquetéis. Quem
quer me acompanhar?
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