Há muitos meses, talvez até 1 ou 2 anos,
minha amiga Luli me levou para conhecer o restaurante japonês Mori Sushi (da
Consolação). Lembro-me que gostei muito do rodízio, pois tinha opções variadas
e criativas de sushis, mas, em razão do tempo que se passou, já não sou capaz
de precisar exatamente o que foi que comemos na ocasião.
Combinando de ir a um japonês com
outra amiga, a Simone, esta sugeriu que fossemos em algum restaurante
localizado em Moema, já que ficaria no meio do caminho entre as nossas casas. Foi
aí que eu me lembrei que, no dia que em que fui conhecer a sorveteria Cold
Stone Creamery, passei por uma unidade do Mori Sushi, instalada na Rua Gaivota. Batemos o
martelo e decidimos que jantaríamos lá no sábado passado.
Uns segundinhos antes das 19:00 (horário
de abertura dos portões... isso aqui tá parecendo edital de concurso público...
rsrsrs), eu e o Daniel já estávamos na porta. Fomos os primeiros a chegar e,
por isso, pudemos escolher em que mesa queríamos nos sentar. O garçom trouxe o
cardápio e, após escolher o meu drink, pulei para analisar as opções de rodízio.
Eu acho que, num restaurante japonês que oferece festival de sushi, só pede à
la carte quem não curte a culinária oriental e foi acompanhando outra pessoa
que gosta. Concordam?
Havia 3 opções de "degustação":
(1) RODÍZIO
MORI (R$ 68,00): variedades de sushis do chef, saladinha marinada e sashimis,
gyosa, tempurá, shimeji, peixe grelhado e temakis;
(2) FESTIVAL
MORI BALCÃO (servido no balcão ou na mesa, custando R$ 74,00): variedades de
sushis ESPECIAIS do chef, saladinha marinada e sashimis, gyosa, tempurá,
shimeji, peixe grelhado e temakis;
(3) FESTIVAL
MORI SEM ARROZ (R$ 84,00). Esse não tinha descrição. Parece óbvio para vocês?!?!
Para mim, não pareceu! Afinal, tirando o sashimi, todas as outras opções de
sushis levam arroz, seja niguiri, uramaki ou hossomaki. Perguntei ao garçom a
diferença entre esse festival e o anterior, ele não conseguiu explicar direito,
mas eu concluí o óbvio (não tão óbvio): são opções de sushis sem arroz. Como eu
não escolhi esse rodízio, nunca (ou pelo menos por enquanto) irei saber do que
se tratava, mas imagino que oferecessem variedades de joys (sushi que, ao invés
da alga, é enrolado por uma fatia de peixes cru, geralmente salmão) sem arroz
no recheio.
Escolhemos o "número 2".
Acredito que, como a maioria dos
brasileiros, fui introduzida à culinária japonesa através das opções fritas, ou
seja, os hot rolls. Entretanto, hoje, meus sushis favoritos são o joy e o
sashimi, ambos de salmão. Como tranquilinha os uramakis (enrolados de alga com
arroz por fora ou, como alguns preferem explicar, sushi enrolado ao contrário);
acho o niguiri (bolinho de arroz com fatias de peixe cru em cima) um verdadeiro
desperdício de arroz (acabo tirando o bolinho e comendo apenas a fatia de
salmão cru); e não suporto temaki (enrolado de alga, arroz, peixe cru, maionese
e cream cheese em formato de de cone) e hossomaki (sushi com a alga enrolada
por fora), pois a alga me proporciona ânsia de vômito.
Meu paladar é bem seletivo! Tratando-se
da cozinha nipônica, eu quero salmão! Sempre salmão! Não me sirvam atum nem
peixe branco; muito menos, niguiri com escama de peixe frita.
Aprovei e recomendo o festival do Mori
Sushi, que, além de ser bem farto, oferece diversas opções cruas e cozidas. Para
começar: gyozá, camarão empanado servido com molho tarê, shimeji na chapa e
salada de salmão marinada. Embora tivessem, ninguém na nossa mesa quis provar o
missoshiru (sopa com tofu) nem os temakis. O tempurá de legumes estava bem
sequinho, mas achei que o molho que o acampanha sem gosto, por isso, acabei
usando o shoyu.
O Chef prepara, além dos sushis
tradicionais, versões especiais, como o salmão flambado e o sashimi de salmão
com crosta de gergelim. Para mim, este último foi o "hors concours" da noite!
Simplesmente F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O! Há, também, sushis que levam fruta (maçã, morango
e carambola) na sua composição. O resultado é surpreendente!
Para encerar, uma bola de sorvete
Häagen-Dazs. Eu nem tinha mais espaço para a sobremesa, mas acabei abrindo uma
exceção para apreciar uma bolinha de sorvete de macadâmia, que eu adoro.
Vou frisar que, apesar de farto, o
rodízio não é completo. Senti falta da saladinha de pepino adocicada (sunomono),
que sempre dá início aos festivais de sushi, e do rolinho primavera (ainda que
não fosse a versão tradicional de carne com legumes, podiam oferecer o rolinho de
queijo).
Fiquei bastante satisfeita com a "carta"
de coquetéis, que, além de caipiroskas e sakerinhas, oferecia "frozen drinks"
(a minha verdadeira paixão quando o assunto é bebida alcóolica), preparados com
xaropes ou frutas. Tomei 2 de maçã verde, que, sinceramente, mais parecia uma
raspadinha do que um coquetel. Como eu também sou louca por uma raspadinha, não
me incomodei com a ausência de álcool.
O atendimento foi atencioso, ainda que
tenha se tornado um pouco moroso no momento em que a casa lotou.
A única coisa que achei ruim foi que o
garçom levou todos os pratos quase que simultaneamente para nossa mesa, o que
fez com que comêssemos relativamente rápido, não aproveitando devidamente o
rodízio e nem tendo a oportunidade de ficar mais tempo na companhia dos amigos,
colocando os assuntos em dia. No fim, deu a impressão de que queriam que comêssemos
logo para liberar a mesa e a fazer a economia do restaurante girar. Afinal,
tempo é dinheiro!
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