domingo, 26 de outubro de 2014

CHEF BENON – O ÁRABE

Com a edição de "Veja São Paulo Comer e Beber 2014" em mãos, chegou a hora de começar a diversão.
Ontem, usando como critério de escolha a localização, optamos por conhecer o "Chef Benon - O Árabe", que fica próximo ao Estádio do Morumbi e foi o campeão na categoria "Restaurante Árabe".
Se eu tivesse que descrever a minha experiência com apenas uma palavra, a expressão escolhida seria "SURPREENDENTE". Aí, surgiu uma dúvida: "Como pode haver um restaurante desse, ao lado da minha casa, sem que eu nunca tenha ouvido falar dele?".
A casa é pequena (acomoda aproximadamente 30 pessoas), mas é charmosa e aconchegante. Serve comida árabe tradicional: esfihas, kibes, as famosas saladas “Tabule” e “Fattouch”, os cremosos antepastos “Homus” e “Coalhada”, Kafta, Muchui de frango, Charutos de folhas uva e de repolho e Kebabs.
Como odeio ter que esperar por uma mesa (prefiro, literalmente, abrir o restaurante), nós chegamos às 19 horas. Tinham 2 ou 3 mesas ocupadas e conseguimos a nossa sem esforço.
Atenção! Não há serviço de manobrista, mas é bem tranquilo parar em frente, na rua.
O atendimento é bom, com muitos membros da família do Chef Benon auxiliando. Nós só tivemos dois probleminhas, que não atrapalharam o resultado final da nossa experiência. O Daniel pediu um copo extra para a cerveja e a garçonete esqueceu de levar e o meu Kebab foi servido no sabor errado, mas, rapidamente, trocado pelo recheio correto.
Uma Senhora, que ajudava no atendimento, nos informou que, após a premiação da Vejinha, o movimento aumentou consideravelmente e, simpaticamente, aproveitou para se desculpar por qualquer inconveniente. Com tanto cuidado, impossível ficar chateada com os erros cometidos. Ainda mais, se adicionarmos a este fator o sabor e a qualidade de tudo que provamos.
Para beber, eu pedi um copo de “Limonada Libanesa” (R$ 6,90). O que ela tem de diferente em relação à limonada normal? É preparada com água de flor de laranjeira, o que a deixa perfumada, mas sem exageros.


De entrada, a escolha recaiu sobre o Man-Ouchi (R$ 9,90), uma esfihona de queijo, que visualmente parece uma pizza individual. A massa lembra um pão árabe fresquinho, suavemente crocante e estupidamente leve. O recheio, proporcional a grossura da massa, é composto de queijo mozarela, queijo branco e salsinha. Nunca comi uma esfiha tão delicada!!!


Já falei em outra ocasião, que resolvi sair da minha zona de conforto, não? Natural, para mim, teria sido pedir um kibe frito ou assado, um Michui de Kafta ou um Kebab com tiras de carne. Mas eu optei pelo desconhecido “Kebab de Falafel” (R$ 22,90), um wrap de pão árabe, recheado com 3 bolinhos de Falafel com salada de alface, tomate, hortelã, salsa e molho de gergelim.
O bolinho de grão-de-bico é frito com perfeição, sequinho e crocante por fora. Verde por dentro, tem um sabor sutil de grã-de-bico combinado com salsa e cebolinha.
Escolha aprovada!!!



Tentei tirar uma foto que mostrasse o Falavel por dentro. Segue o resultado (preciso fazer um curso de fotografia... eu sei!!! rsrsrs):      


Para completar a refeição, uma boa sobremesa não pode ficar de fora. Eles oferecem alguns docinhos árabes, mas nos deliciamos com o Mhalabié (manjar de leite à moda árabe, com miski, calda de damasco e salpicado com amêndoas laminadas) – R$ 8,50.
A calda de damasco tinha um gosto forte de água de flor de laranjeira, mas o creme estava delicioso e as lascas de amêndoas bem torradinhas.


Comparações com o “vizinho” Sainte Marie Gastronomia são inevitáveis, seja pelo tipo de culinária praticada, seja pela localização no bairro do Morumbi. Mas, para nossa sorte, os restaurantes são bem distintos. O Chef Benon chegue à risca a culinária árabe; enquanto o fofíssimo Chef Stephan ousa e oferece pratos mais sofisticados, o que acarreta num preço mais elevado.
A única vantagem do Chef Benon em relação ao Sainte Marie é o horário de funcionamento, que de segunda a quinta vai das 12 horas às 21 horas; sexta e sábado, até 22 horas; domingo, até 17 horas. O Sainte Marie não funciona aos domingos; de segunda a sexta, vai das 10 horas até 20 horas; sábado, até 19 horas.  
Ambos são deliciosos, pequeninos no tamanho e gigantes na qualidade, sabor, textura e visual dos quitutes.
Se você curte comida árabe, não pode deixar de conhecer nenhum dos seus expoentes máximos em São Paulo: “Chef Benon – O Árabe” e “Sainte Marie Gastronomia”.

INFORMAÇÕES:
Chef Benon – O Árabe
Rua Nilza Medeiros Martins, 21, Vila Sônia
Fone: (11) 3739-3661

Sainte Marie Gastronomia
Rua Dom João Batista Costa, 70, Vila Sônia
Fone: (11) 3501-7552
   

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PREMIAÇÃO VEJA COMER & BEBER SÃO PAULO 2014


Ano após ano, os incansáveis críticos da Vejinha percorrem a cidade de São Paulo provando os quitutes e avaliando os mais diversos estabelecimentos gastronômicos. Na edição semanal, vão nos proporcionando pequenas doses do que há de novo e de melhor, mas o que os paulistanos ficam aguardando mesmo é o anuário “Guia Veja Comer & Beber São Paulo”, que reúne 1.000 endereços, dentre lojas, lanchonetes, bares e restaurantes.
A minha paixão pelo “comer” despertou quando recebi a edição do ano passado e decidi, dentro do possível, ir conhecendo os estabelecimentos ali elencados.
Daí veio a ideia de criar um álbum no Facebook, publicando as fotos e contando um pouco das minhas experiências gastronômicas. Meus amigos começaram a gostar das minhas dicas e, meio relutante, criei esse blog delicioso.
Acompanhando a edição semanal da Vejinha, eu vi que também poderia me tornar uma “crítica”. Inscrevi-me no site e também passei a compartilhar lá, de forma resumida em razão da limitação de caracteres, meus pecaminosos atos de gulodice.
Ter recebido o convite para participar da Festa de Premiação me deixou muito feliz e empolgada, pois dessa vez, eu pude saber em primeira mão quem foram os campeões da Edição 2014/2015.


A festa foi muito legal, extremamente organizada, sem enrolação e com umas comidinhas deliciosas.
A premiação teve como Mestre de Cerimônias a atriz e comediante Ingrid Guimarães e os prêmios foram entregues por Ana Maria Braga, Palmirinha, Ana Paula Padrão, Marco Antônio de Biaggi, Silvio Luiz, Amyr Klink, Arnaldo Lorençato, Ticiane Pinheiro, Marcelo Médici, Bárbara Paz e Walcyr Carrasco.   
Mas, chega de falação... vou contar para vocês quem foram os campeões da noite:

COMIDINHAS
Bom e barato: Na Garagem;
Cachorro-quente: The Dog Haüas;
Café: Coffee Lab;
Chocolate: Opera Ganache;
Doceria: Confeitaria Marilia Zylbersztajn;
Food truck (categoria nova): Buzina;
Hambúrguer: Z Deli Sandwich Shop;
Padaria: Mr. Baker;
Pastel: A Pastella;
Rotisseria: Red Boutique Gourmet;
Sanduíche: Via Emilia Piadineria;
Sorvete: Me Gusta;
Confeiteiro do Ano: Rafael Barros (Opera Ganache).

BARES
Bom e barato: Sala da Sogra;
Boteco: Bar Quintal da Mooca;
Carta de cachaças: Empório Sagarana;
Carta de cervejas: Empório Alto dos Pinheiros;
Carta de drinks: Isola;
Cozinha: Bar da Dona Onça;
Para paquerar: Bar de Cima;
Petisco: Croquete de jamón e verdura (Adega Santiago);
Bar revelação: BrewDog Bar;
Barman do Ano: Spencer Jr. (Isola).

Personalidade Gastronômica do Ano: “Rina de Rossi” da Cantina Nello's.

RESTAURANTES
Bom e Barato: On Va Manger;
Menu executivo até 50 reais: Attimo;
Refeição em Buffet: Santinho;
Árabe: Chef Benon - O Árabe;
Brasileiro: Esquina Mocotó;
Carne: Baby Beef Rubaiyat;
Rodízio: NB Steak;
Contemporâneo: D.O.M;
Francês: Chef Rouge;
Cantina/Trattoria: Osteria del Pettirosso;
Italiano: Fasano;
Japonês: Kan;
Pizzaria: Graça di Napolli;
Português: Tasca da Esquina;
Variado: Chef Vivi;
Carta de vinhos: Varanda;
Sommelier do Ano: Massimo Leoncini (Fasano);
Restaurateur: Arri Coser (NB Steak e Maremonti);
Chef Revelação: Fábio Vieira (Micaela);
Chef do Ano: Rodrigo Oliveira (Esquina Mocotó).

Acredito que amanhã o “Guia Michelin” paulistano chegará às bancas e livrarias.
Preparem-se, Campeões!!! Pois os estabelecimentos de vocês irão bombar!!!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

SAL GASTRONOMIA: o tempero certo para sua refeição!!!

No sábado passado, eu e o meu marido completamos 4 anos de casados e, como não poderia deixar de ser, um dos eventos programados para comemoração das nossas "Bodas de Flores e Frutas" seria um jantar. Então, eu comecei a pesquisar um lugar legal para irmos e, totalmente influenciada pelo reality show MasterChef, que eu e o Daniel acompanhamos religiosamente, optei pelo Sal Gastromia, do Chef e jurado Henrique Fogaça.
Um ou dois dias após o início do programa, eu vi no site da Vejinha que os jurados já começaram a sentir a repercussão do show no movimento dos seus restaurantes. Assim, com a decisão tomada, liguei para o Sal um mês antes para efetuar a reserva. O atendente ficou até atordoado, acho que ninguém havia ligado com tamanha antecedência. Mas o importante foi que garanti a minha mesa.
O restaurante é meio escondido e tivemos uma certa dificuldade para localizá-lo. O Waze não encontrava o endereço completo, encontrava a rua, mas não o número. A Rua Minas Gerais é dividida pela curva final da Av. Paulista e a nossa sorte foi termos saído cedo de casa e o Daniel ter olhado no Google Maps antes. Ouvimos outro casal comentando, quando chegaram, que também tiveram dificuldades em encontrar o estabelecimento. Então, a dica aqui é: nunca foi e quer ir, reserve, pois o local é pequeno, e não deixe de olhar no Google Maps como chegar.
Entramos na Galeria e paramos em frente à porta de vidro do restaurante, na dúvida se a entrada era exatamente ali, pois havia uma escada logo em frente. Como o garçom vinha em nossa direção, aguardamos, acreditando que ele nos receberia, mas não, ele nos ignorou e ficou guardando um pote no refrigerador. Aqui, eu já aproveito o ensejo para falar do atendimento. Os garçons, quando chegam às mesas, são extremamente simpáticos e solícitos, mas precisam ter mais atenção aos clientes, se estão precisando de algo. Às vezes, ficavam conversando entre si e esqueciam que estavam ali para servir. Por diversas vezes, precisei levantar o braço para ser percebida.
Apesar de pequena, a casa é elegante e descolada, projetada para que os comensais acompanhem o preparo dos pratos. Isso me lembrou um trecho do livro "Pois não, Chef" de Marcus Samuelsson, em que ele diz que "um ótimo restaurante deve ter orgulho de mostrar o que acontece no seu interior". Eu havia sentido isso no "Le Bernardin", em Nova York, pois o garçom, percebendo o meu interesse em gastronomia, entusiasticamente perguntou se eu gostaria de conhecer cozinha. E senti novamente no Sal, pois sentei de frente para a cozinha e fiquei observando o seu funcionamento. A minha única frustração foi não ter o Fogaça se exibindo para mim.
Para beber, eu pedi uma Capirinha Sakê de Tangerina, que estava bem equilibrada. Porém, tanto eu quanto o Daniel achamos que a fruta estava passada.


O Daniel provou a cerveja Fogaça, em estilo Pale Ale, produzida pela Dortmund, mas o meu profundo entendedor de cervejas a achou mediana e não gostou de terem levado o copo gelado.


Além do couvert, composto por pães, manteiga com limão e mel, azeite com flor de sal, cebola caramelizada e queijo de cabra, o cardápio oferece 11 opções de entradinhas (queijo coalho, aspargos, batata rústica, salada, steak tartar etc).
Nós escolhemos o "Siri Mole Crocante", cuja apresentação estava um primor, o siri inteirinho, mas sem a casca, deitado numa cama de vinagrete de tomate e coberto por uma farinha crocante. Eu me esforcei para tirar uma foto boa, que demonstrasse toda a beleza do prato, mas acho que falhei nessa missão.


Quando escolhi essa entrada, pensei no "Siri Despinicado" preparado no Nordeste, mas acabei quebrando a cara, porque  tratava-se do siri inteiro, que eu não gosto. Resultado: achei o crustáceo borrachudo e com pouca carne.
Como se um filme passasse na minha mente, eu pensei: "De novo, NÃO!!! Será que terei mais um jantar decepcionante???".
Tomei uma decisão: quando se tratar de alta gastronomia, eu não vou pressupor nada, vou sempre perguntar e tirar todas as minhas dúvidas, para ter certeza de que estou fazendo uma boa escolha e, principalmente, uma escolha que não me cause frustração tardia.
Quando eu saio para jantar, meu instinto natural é pedir massa. Mas, desde que resolvi desbravar esse saboroso mundo gastronômico, conclui que preciso sair da minha zona de conforto e, com cuidado, ir ousando mais nas minhas escolhas.
Assim, pedi o "Lombo de cordeiro, purê de dois queijo, funghi e molho de jabuticaba". A carne, apesar do nome, era filé mignon, que veio ao ponto (como eu pedi, normalmente, ele é servido mal passado) e perfeitamente temperado com sal. O purê preparado com queijos meia cura e Gruyère se mostrou leve e cremoso, aparentando ter a consistência de chiclete, era simplesmente D-E-L-I-C-I-O-S-O!
Eu amei o meu prato!!! Às cegas, atirei o dardo e acertei o alvo de 100 pontos com essa escolha. Às vezes, penso em voltar ao restaurante para conhecer outros pratos, todavia, instintivamente me indago: "Por que pedir outro prato se o que você comeu foi M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O?".


O Daniel pediu o "Cupim na manteiga de garrafa com mandioca cozida e farofa de banana". O cupim estava tão macio que se desmanchava na boca, assim como a mandioca, exceto por um pedaço mais robusto, que podia ter cozinhado por mais tempo.


Os pratos foram bem servidos. Nada dessa história de sair com fome do restaurante.
Na hora de analisarmos as sobremesas, o garçom falou que o "Brigadeiro com castanha do Pará e sorvete de paçoca" é a mais pedida da casa. Ele até comentou: “Eu não sei o que acontece, mas as pessoas amam esse brigadeiro!”. Entretanto, eu estava em dúvida entre 3 doces e o brigadeiro não era um deles.
Acabei dando preferência ao “Pudim de cumaru com calda de frutas vermelhas”. Por um instante, pensei num pudim de fôrma, sendo servida uma fatia com a calda de frutas vermelhas por cima, e quis desistir. Quando o garçom trouxe o “manjar dos deuses”, eu comprovei que um bom Chef sempre te surpreende. A apresentação era totalmente diferente da que eu havia mentalizado.
A sobremesa veio num prato fundo, geralmente utilizado para servir massas, com a calda por baixo e o “pudinzinho” no meio, com umas sementes polvilhadas por cima. A consistência era aerada e ele parecia mais um mousse do que um pudim. Suave, saboroso e em perfeita harmonia com a calda. Jesuuuuus... Mais um dardo marcou 100 pontos.



Depois desse espetáculo de sobremesa, eu não quis esperar uma próxima vez para provar outra sobremesa e requisitei que um “Suflê de goiaba com requeijão” fosse posto na minha mesa. O cardápio deixa claro que o tempo de preparo do suflê é de 20 minutos. Eu estava com o meu maridinho, comemorando nossos 4 anos de casados, esperar 20 minutos não seria problema algum.
Quando a sobremesa foi posta na mesa, eu queria gritar “Uauuuu, que lindo!!!” e, simultaneamente, bater palmas. Como o meu marido falou, nós realmente comemos com os olhos, tanto que um comensal de outra mesa, que ainda escolhia o prato principal, quando viu o meu suflê, perguntou ao garçom o que era e exclamou: “Quero um daquele!”.
O suflê é grande e dá tranquilamente para ser compartilhado. É sutil, com umas partes quentes e outras frias, queimadinho em cima e cremoso em baixo. Enfim... acertei o alvo central novamente.


Com ambiente intimista, pratos saborosos e bem servidos e sobremesas extraordinárias, o Sal Gastronomia me mostrou porque o seu Chef, Henrique Fogaça, se tornou uma referência para a Alta Gastronomia Brasileira.
Eu recomendo, elogio e, se você quiser a minha companhia, te acompanho até lá (rsrsrs).

INFORMAÇÕES
Sal Gastronomia
Rua Minas Gerais, 352 – Higienópolis
Fone: (11) 3151-3085
  
Mais restaurantes de Jurados do MasterChef Brasil:
Tartar & Co” de consultoria do Chef Erick Jacquin;
Le Bife” de consultoria do Chef Erick Jacquin.

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domingo, 5 de outubro de 2014

COMENDO EM NOVA YORK – Parte 4/4

Pessoal,
Peço desculpas, mas não está fácil conciliar a vida de blogueira, trabalhadora e concurseira.
Eu visitei tantos lugares legais em Nova York e queria muito falar detidamente sobre cada um deles. Entretanto, não estou conseguindo, seja por causa das minhas atividades cotidianas ou porque, quando arrumo um tempo para escrever, já fui recentemente em um novo templo gastronômico e acaba ficando mais fácil lembrar os detalhes desta nova experiência.
Em todo caso, como não quero deixar a série "Comendo em Nova York" sem um final, ainda que não seja tão feliz (rsrsrs), vou escrever este último post, tentando descrever sucintamente alguns lugares que considero bem bacanas.

EATALY
O Eataly é um lugar tão único, que eu fico sem saber, ao certo, como defini-lo. Nos guias turísticos ou gastronômicos, costumam classificá-lo como uma feira, um empório, um mercado ou um complexo, mas eu ousaria dizer que ele é um verdadeiro Shopping Center inteiramente dedicado à Gastronomia Italiana.
Ocupando 3.700 m2, o Eataly tem padaria, sorveteria, cervejaria, livraria, peixaria, açougue, cafés, restaurantes e empórios, vendendo tudo que você imaginar de guloseimas italianas (doces, queijos, frios, massas, vinhos etc).  




Dentre as 9 opções de restaurantes, há o “Il Pesce”, que serve peixes; o “Manzo”, que prepara diferentes cortes de carne; e o “Le Verdure”, montando as mais saborosas saladas. Nós escolhemos o “La Pizza & La Pasta”. Chegamos, colocamos nosso nome na lista e esperamos por cerca de 40 minutos.
Enquanto esperávamos, meu marido foi rodar pelo complexo e encontrou umas cervejas italianas para comprar. Eu fiquei desbravando as prateleiras de massas, antepastos e livros de culinária, que ficavam logo ao lado do estabelecimento escolhido. Com tantas coisas para serem apreciadas, a gente acabou nem percebendo o tempo de espera passar.
Para beber, eu escolhi uma “Lurisia Gazzosa”, água com gás feita com limões de Amalfi.


De entrada, pedimos uma deliciosa pizza recheada com tomate, molho de tomate, rúcula e lascas de queijo grana padano. A redonda foi servida com uma fatia sobrepondo a outra, indicando que deveria ser comida à mão.


Embora eu adore pizza, confesso que é muito difícil eu sair de casa para comer especificamente uma pizza. Não sei dizer... mas é como se fosse o tipo de comida própria de ser pedida, em casa, num domingo à noite e não num restaurante. Entretanto, analisando o cardápio do “La Pizza & La Pasta”, as pizzas acabaram chamando mais a minha atenção do que as massas, pois ofereciam recheios muito diferentes e apetitosos.
Escolhi a chamada “Ventura”, sem molho de tomate, com mozzarella, presunto Parma, rúcula e lascas de queijo grana padano. Que “manjar” dos Deuses!!!

     
O Daniel preferiu comer a recomendação do Chef: “Spaghettone Cacio e Pepe”, massa al dente com molho preparado com a água onde foi cozido o macarrão, queijo pecorino e pimenta-do-reino. O Daniel foi ao céu e voltou, se deliciando com seu prato, e, ao final, comentou: “Foi a melhor massa que já comi na vida! Eu comeria, aqui, amanhã!”.


O movimento de comensais, turistas e funcionários pelo Eataly é intenso e penetrante. Ainda que você não planeje comer por lá, o que eu acho um grande erro, vale a pena entrar para conhecer e, quem sabe, degustar um queijo ali e um vinho acolá.
Recomendadíssimo por mim e por quem já visitou!!!

INFORMAÇÕES:
EATALY NYC
200 Fifth Avenue
www.eataly.com/nyc

CARMINE’S
Desde que minha mãe e minha irmã descobriram essa autêntica cantina italiana, ela se tornou parada obrigatória da minha família em Nova York. E o motivo é simples: ela é BBB (boa, bonita e barata). Sem mencionar que sua localização é privilegiada, bem próximo da Times Square.
Esse é o restaurante ideal para quem está viajando em grupo, pois os pratos são grandes, servindo, em média, 4 pessoas.
Dica: na hora do almoço, de segunda à sexta-feira, é possível pedir meia porção.  
Apesar de ser grande, a casa está sempre lotada.
Nós fomos jantar numa sexta, sem reservas, e nos informaram que o tempo de espera seria de 30 minutos. Fomos para o bar, pedimos uns drinks e, uns 10 minutos depois, nossa mesa já estava pronta. No sábado, voltamos na hora do almoço e conseguimos mesa sem precisar aguardar.
Abaixo, colaciono algumas fotos do drink, pratos principais e sobremesa que saboreamos no Carmine’s. 

  




INFORMAÇÕES:
CARMINE’S: NYC’s Legendary Family Style Italian Restaurant
Theater District, NYC
200 West 44th Street
www.carminesnyc.com
 
NATHAN’S FAMOUS




Em 1916, o imigrante polonês Nathan Handwerker montou um stand, em Coney Island, para vender cachorros-quentes, cujas salsichas Frankfurt eram preparadas com uma receita secreta de sua esposa.
Hoje, quase um século depois, o Nathan’s Famous se tornou uma bem sucedida rede de fast food e se propagou por todo Estados Unidos e possui, inclusive, lojas internacionais, pois seu hot-dog é conhecido como um dos melhores do mundo.
Estando hospedada em Manhattan, fiz meu marido e meus pais pegarem um metrô comigo e viajarem por quase uma hora, parar conhecer a lanchonete original, que fica em Coney Island e é onde acontece o campeonato anual de quem come mais hot-dogs.
O que mais me chamou atenção foi que, hoje, o Nathan’s Famous se transformou numa lanchonete completa, comercializando hambúrgueres, batatas fritas, sanduíches de lagosta, frutos do mar, corn dogs e, claro, cachorros-quentes, simples ou com bacon e cheddar.




Eu atravessei Nova York até ali com uma única certeza: eu iria me “acabar” no cachorro quente! E como desgraça pouca é bobagem (rsrsrs), resolvi que enfiaria o pé na jaca com gosto. Assim sendo, de entrada, pedi um delicioso e crocante corn dog e de prato principal, um cachorro quente coberto com molho de cheddar e salpicado com bacon bits. Huuummmmm...


Quem quiser provar a guloseima, não precisa enfrentar uma hora de metrô até Coney Island, pois há lanchonetes em Manhattan. Mas se você tiver um tempinho extra na Big Apple, vá até Coney Island, pois é um passeio agradável e te mostra um lado completamente diferente de Nova York. E eu acredito que, no verão, com os parques de diversão funcionando, a energia do lugar seja contagiante.

INFORMAÇÕES:
Nathan’s Famous Original
1310 Surf Avenue, NY 11224
www.nathansfamous.com
  
Para acompanhar toda a série “Comendo em Nova York”, segue abaixo a lista com todos os posts:
4) COMENDO EM NOVA YORK – Parte 4/4 (esse post).