quarta-feira, 15 de outubro de 2014

SAL GASTRONOMIA: o tempero certo para sua refeição!!!

No sábado passado, eu e o meu marido completamos 4 anos de casados e, como não poderia deixar de ser, um dos eventos programados para comemoração das nossas "Bodas de Flores e Frutas" seria um jantar. Então, eu comecei a pesquisar um lugar legal para irmos e, totalmente influenciada pelo reality show MasterChef, que eu e o Daniel acompanhamos religiosamente, optei pelo Sal Gastromia, do Chef e jurado Henrique Fogaça.
Um ou dois dias após o início do programa, eu vi no site da Vejinha que os jurados já começaram a sentir a repercussão do show no movimento dos seus restaurantes. Assim, com a decisão tomada, liguei para o Sal um mês antes para efetuar a reserva. O atendente ficou até atordoado, acho que ninguém havia ligado com tamanha antecedência. Mas o importante foi que garanti a minha mesa.
O restaurante é meio escondido e tivemos uma certa dificuldade para localizá-lo. O Waze não encontrava o endereço completo, encontrava a rua, mas não o número. A Rua Minas Gerais é dividida pela curva final da Av. Paulista e a nossa sorte foi termos saído cedo de casa e o Daniel ter olhado no Google Maps antes. Ouvimos outro casal comentando, quando chegaram, que também tiveram dificuldades em encontrar o estabelecimento. Então, a dica aqui é: nunca foi e quer ir, reserve, pois o local é pequeno, e não deixe de olhar no Google Maps como chegar.
Entramos na Galeria e paramos em frente à porta de vidro do restaurante, na dúvida se a entrada era exatamente ali, pois havia uma escada logo em frente. Como o garçom vinha em nossa direção, aguardamos, acreditando que ele nos receberia, mas não, ele nos ignorou e ficou guardando um pote no refrigerador. Aqui, eu já aproveito o ensejo para falar do atendimento. Os garçons, quando chegam às mesas, são extremamente simpáticos e solícitos, mas precisam ter mais atenção aos clientes, se estão precisando de algo. Às vezes, ficavam conversando entre si e esqueciam que estavam ali para servir. Por diversas vezes, precisei levantar o braço para ser percebida.
Apesar de pequena, a casa é elegante e descolada, projetada para que os comensais acompanhem o preparo dos pratos. Isso me lembrou um trecho do livro "Pois não, Chef" de Marcus Samuelsson, em que ele diz que "um ótimo restaurante deve ter orgulho de mostrar o que acontece no seu interior". Eu havia sentido isso no "Le Bernardin", em Nova York, pois o garçom, percebendo o meu interesse em gastronomia, entusiasticamente perguntou se eu gostaria de conhecer cozinha. E senti novamente no Sal, pois sentei de frente para a cozinha e fiquei observando o seu funcionamento. A minha única frustração foi não ter o Fogaça se exibindo para mim.
Para beber, eu pedi uma Capirinha Sakê de Tangerina, que estava bem equilibrada. Porém, tanto eu quanto o Daniel achamos que a fruta estava passada.


O Daniel provou a cerveja Fogaça, em estilo Pale Ale, produzida pela Dortmund, mas o meu profundo entendedor de cervejas a achou mediana e não gostou de terem levado o copo gelado.


Além do couvert, composto por pães, manteiga com limão e mel, azeite com flor de sal, cebola caramelizada e queijo de cabra, o cardápio oferece 11 opções de entradinhas (queijo coalho, aspargos, batata rústica, salada, steak tartar etc).
Nós escolhemos o "Siri Mole Crocante", cuja apresentação estava um primor, o siri inteirinho, mas sem a casca, deitado numa cama de vinagrete de tomate e coberto por uma farinha crocante. Eu me esforcei para tirar uma foto boa, que demonstrasse toda a beleza do prato, mas acho que falhei nessa missão.


Quando escolhi essa entrada, pensei no "Siri Despinicado" preparado no Nordeste, mas acabei quebrando a cara, porque  tratava-se do siri inteiro, que eu não gosto. Resultado: achei o crustáceo borrachudo e com pouca carne.
Como se um filme passasse na minha mente, eu pensei: "De novo, NÃO!!! Será que terei mais um jantar decepcionante???".
Tomei uma decisão: quando se tratar de alta gastronomia, eu não vou pressupor nada, vou sempre perguntar e tirar todas as minhas dúvidas, para ter certeza de que estou fazendo uma boa escolha e, principalmente, uma escolha que não me cause frustração tardia.
Quando eu saio para jantar, meu instinto natural é pedir massa. Mas, desde que resolvi desbravar esse saboroso mundo gastronômico, conclui que preciso sair da minha zona de conforto e, com cuidado, ir ousando mais nas minhas escolhas.
Assim, pedi o "Lombo de cordeiro, purê de dois queijo, funghi e molho de jabuticaba". A carne, apesar do nome, era filé mignon, que veio ao ponto (como eu pedi, normalmente, ele é servido mal passado) e perfeitamente temperado com sal. O purê preparado com queijos meia cura e Gruyère se mostrou leve e cremoso, aparentando ter a consistência de chiclete, era simplesmente D-E-L-I-C-I-O-S-O!
Eu amei o meu prato!!! Às cegas, atirei o dardo e acertei o alvo de 100 pontos com essa escolha. Às vezes, penso em voltar ao restaurante para conhecer outros pratos, todavia, instintivamente me indago: "Por que pedir outro prato se o que você comeu foi M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O?".


O Daniel pediu o "Cupim na manteiga de garrafa com mandioca cozida e farofa de banana". O cupim estava tão macio que se desmanchava na boca, assim como a mandioca, exceto por um pedaço mais robusto, que podia ter cozinhado por mais tempo.


Os pratos foram bem servidos. Nada dessa história de sair com fome do restaurante.
Na hora de analisarmos as sobremesas, o garçom falou que o "Brigadeiro com castanha do Pará e sorvete de paçoca" é a mais pedida da casa. Ele até comentou: “Eu não sei o que acontece, mas as pessoas amam esse brigadeiro!”. Entretanto, eu estava em dúvida entre 3 doces e o brigadeiro não era um deles.
Acabei dando preferência ao “Pudim de cumaru com calda de frutas vermelhas”. Por um instante, pensei num pudim de fôrma, sendo servida uma fatia com a calda de frutas vermelhas por cima, e quis desistir. Quando o garçom trouxe o “manjar dos deuses”, eu comprovei que um bom Chef sempre te surpreende. A apresentação era totalmente diferente da que eu havia mentalizado.
A sobremesa veio num prato fundo, geralmente utilizado para servir massas, com a calda por baixo e o “pudinzinho” no meio, com umas sementes polvilhadas por cima. A consistência era aerada e ele parecia mais um mousse do que um pudim. Suave, saboroso e em perfeita harmonia com a calda. Jesuuuuus... Mais um dardo marcou 100 pontos.



Depois desse espetáculo de sobremesa, eu não quis esperar uma próxima vez para provar outra sobremesa e requisitei que um “Suflê de goiaba com requeijão” fosse posto na minha mesa. O cardápio deixa claro que o tempo de preparo do suflê é de 20 minutos. Eu estava com o meu maridinho, comemorando nossos 4 anos de casados, esperar 20 minutos não seria problema algum.
Quando a sobremesa foi posta na mesa, eu queria gritar “Uauuuu, que lindo!!!” e, simultaneamente, bater palmas. Como o meu marido falou, nós realmente comemos com os olhos, tanto que um comensal de outra mesa, que ainda escolhia o prato principal, quando viu o meu suflê, perguntou ao garçom o que era e exclamou: “Quero um daquele!”.
O suflê é grande e dá tranquilamente para ser compartilhado. É sutil, com umas partes quentes e outras frias, queimadinho em cima e cremoso em baixo. Enfim... acertei o alvo central novamente.


Com ambiente intimista, pratos saborosos e bem servidos e sobremesas extraordinárias, o Sal Gastronomia me mostrou porque o seu Chef, Henrique Fogaça, se tornou uma referência para a Alta Gastronomia Brasileira.
Eu recomendo, elogio e, se você quiser a minha companhia, te acompanho até lá (rsrsrs).

INFORMAÇÕES
Sal Gastronomia
Rua Minas Gerais, 352 – Higienópolis
Fone: (11) 3151-3085
  
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